Musical: Chicago
Versões: Claudio Botelho
Vem, meu bem
Que a gente vai brincar
E tudo é jazz
As meias vão cair
As pernas vão roçar
E tudo é jazz
Liga o carro
Eu sei de um tal basfond
Onde escorre o gim
E o piano é bom
É num lugar assim
Que tem lugar para mim
Pois tudo é jazz
Tem laquê, sapatos de verniz
E tudo é jazz
Alguém chorando o blues
E a febre nos quadris
E tudo é jazz
Vem, meu bem
Que eu já mandei trazer
Uma aspirina a mais
Então não vai doer
Na hora que subir
E a gente descobrir
Que tudo é jazz
(Skidoo!)
E tudo é jazz
(Hotcha!)
(Whoopi!)
E tudo é jazz
É num lugar assim
Que tem lugar pra mim
Pois tudo é jazz
(...)
Vai rodar
A casa vai tremer
E tudo é jazz
Sobe mais
Que nada vai descer
E tudo é jazz
Baby, vem
Que é pra arranhar o céu
O velho Zepelim
Já foi pro mausoléu
Porque ficou para trás
Cheirando o nosso gás
E tudo é jazz
Vai rolar os pés até gastar o chão
E tudo é jazz
Vai passar a noite nessa esfregação
E tudo é jazz
Vai até raiar o dia
Mas se a coisa não esfria
Se sentir até cair
Pois tudo é jazz
Tudo é jazz
Vem, meu bem
Que a gente vai brincar
(Vai rolar os pés até gastar o chão)
E tudo é jazz
(E tudo é jazz)
As meias vão cair
E as pernas vão roçar
(Vai passar a noite nessa esfregação)
E tudo é jazz
(E tudo é jazz)
Liga o carro
Eu sei de um tal basfond
(Vai até raiar o dia)
Onde escorre o gim
E o piano é bom
(Mas se a coisa não esfria)
É num lugar assim
Que tem lugar para mim
(Se sentir até cair)
Pois tudo é...
(...)
Vem, a vida é bela
Pra quem se joga nela
E o mais é jazz
É jazz!
Eu faço o bem
Eu faço o mal
Mas ele não vê
Cego total
Só sabe amar
Meu bolo fofo, meu bem
Se eu to feliz
Se eu to no chão
Não larga de mim
Uma espécie de cão
Só sabe amar
Meu bolo fofo, meu bem
E não é chique
Nem tem fisique
Seu raciocínio é nenhum
Mas seu coração
É super grandão
Bem maior que a soma
Dos seus quilos mais um
E quem melhor do que eu
Conhece o que é meu?
Meu protetor, vem me salvar
Sofrendo por mim no meu lugar
Só sabe amar
E esse amor me cai bem
Meu bolo doce, fofo, lindo, meu bem
(...)
Só sabe amar
Meu bolo fofo, meu bem
(...)
Só sabe amar
Meu bolo fofo, meu bem
(...)
Seu raciocínio é nenhum!
(...)
E já começa a falar
Já vai me sujar
Olha o bundão
Zomba de mim
Por que é que ele tem que ser burro assim?
Vão me estrangular
E eu sei que devo a quem
Ao chato, chocho, porco, gordo, meu bem!
Pop!
Seis!
Squish!
Há-Hã!
Cícero!
Lipschitz!
Pop!
Seis!
Squish!
Há-Hã!
Cícero!
Lipschitz!
Pop!
Seis!
Squish!
Há-Hã!
Cícero!
Lipschitz!
Pop!
Seis!
Squish!
Há-Hã!
Cícero!
Lipschitz!
E foi bem feito
E foi bem feito
Pois ele fez e mereceu
Se você visse
Se convivesse
Faria muito pior que eu
Pop!
Seis!
Squish!
Há-Hã!
Cícero!
Lipschitz!
“ – Algumas pessoas têm certos hábitos que levam a gente à loucura! Bernie era assim. Ele tinha mania de mascar chiclete. Mascar não, fazer bola! Um dia cheguei em casa irritada, precisando de carinho, atenção. E Bernie estava lá deitado no sofá tomando cerveja e mascando chiclete... Mascando não, fazendo bola! Aí eu disse pra ele: ‘– Bernie, se você fizer só mais uma bolinha disso aí...! Ele fez! Aí eu peguei a arma na prateleira e dei dois tiros de advertência... Na cabeça dele!’”
E foi bem feito
E foi bem feito
Pois ele fez e mereceu
Se você visse
Se convivesse
Faria muito pior que eu
“ – Eu conheci Ezequiel Young de Salt Lake City há dois anos, ele me disse que era solteiro... A gente se deu bem desde o começo. Fomos viver juntos. Ele ia pro trabalho, voltava pra casa, e eu fazia um drinque pra ele. A gente jantava...ai... era um paraíso numa kitnet. Então eu descobri: Solteiro, certo? Solteiro o caralho! Não só ele era casado não, ele tinha seis esposas! Era um desses Mórmons sabe? Aí, naquela noite eu preparei um drinque para ele, como sempre, mas sei lá, tem gente que não se dá muito bem com cicuta, né? Haaa!”
E foi bem feito
E foi bem feito
Pra quem despetalou a flor
E foi pisada
Mas foi vingada
E não é crime, pois foi amor
“ – Eu tava na cozinha, limpando um frango pro jantar, pensando na vida, quando de repente o Wilbur, meu marido, entrou que nem um louco gritando, tendo um ataque de ciúmes : – Você tá trepando com o leiteiro!’ Tava louco e continuava gritando: ‘– Você está trepando com o leiteiro!’ Aí ele se jogou em cima da minha faca... Ele se jogou em cima da minha faca dez vezes!”
Se você visse
Se convivesse
Faria muito pior que eu
“ – Mit keresek, én itt? Azt mondják, hogy a híres lakem lefogta a férjemet én meg lecsaptam a fejét. De nem igaz, én ártatlan vagyok. Nem tudom miért mondja Uncle Sam, hogy én tettem. Probáltam a rendõrségen megmagyarázni de nem értették meg.”
“ –́ Sei, Mas você fez ou não fez?”
“ – Hã-hã, inocente!”
“ – Eu e minha irmã Verônica tínhamos um show em dupla e meu marido Charlie viajava com a gente. No final do show nós fazíamos vinte acrobacias de uma só vez. Número 1, 2, 3, 4, 5, Duplo, Asa de Águia, Flip–Flop, Mortal, um atrás do outro. Bom, naquela noite nós estávamos em Cícero, num quarto de hotel, bebendo e rindo muito juntos. Quando de repente acabou o gelo e então eu saí pra arranjar mais. Quando eu voltei e abri a porta e peguei a Verônica e o Charlie fazendo o número 17: a asa de águia! Eu fiquei em tal estado de choque que eu apaguei totalmente, eu não me lembro de nada do que aconteceu. Só mais tarde quando eu lavava o sangue das minhas mãos é que eu soube que eles tinham morrido”
E foi bem feito
E foi bem feito
Pois ele fez e mereceu
Eu não fiz nada
Mas se eu fizesse
Eu tava certa, pois ele errou
E foi bem feito
(E foi bem feito)
E foi bem feito
(E foi bem feito)
Pois ele fez e mereceu
(Pra quem despetalou a flor)
Eu não fiz nada
(E foi pisada)
Mas se eu fizesse
(Mas foi vingada)
Eu tava certa, pois ele errou
(E não é crime pois foi amor)
“ – Eu amava Alvin Lipschitz mais que qualquer coisa nesse mundo, ele era um artista, sensível, era pintor. Mas tinha problemas, ele vivia tentando se encontrar, e saía toda noite para encontrar o seu eu interior. E no caminho acabava encontrando a Maria, a Clarisse, a Carmem...e o Pedro! Eu acho que a gente terminou por diferenças artísticas. Ele se achava bem vivo e eu o achava bem morto!”
Covarde, bun–bun-bun-bundão!
Covarde, bun–bun-bun-bundão!
E foi bem feito
(E foi bem feito)
E foi bem feito
(E foi bem feito)
Pois ele fez e se ferrou
(Pois ele fez e se ferrou)
Atropelada
(Atropelada)
Despetalada
(Despetalada)
Eu tava certa, pois ele errou
E foi bem feito
(E foi bem feito)
E foi bem feito
(E foi bem feito)
Pois ele fez e mereceu
(Pois ele fez e mereceu)
(Se você visse)
(Se você visse)
Se convivesse
(Se convivesse)
Faria muito pior que eu
“ – Só mais uma bolinha!”
“ – Solteiro o caralho!”
“ - 10 vezes!”
“ – Miert csukot uncle Sam bortombe!”
“ – Número 17: A Asa de Águia!”
“ – Diferenças artísticas!”
Faria muito pior que eu!
Pergunte às aves desse meu quintal
Quem é a galinhona principal
Eu amo e sou amada pra danar
Pois o sistema diz que a vida é
Toma lá, dá cá
Ouça o meu ditado, velho pra chuchu
Se tu faz pra Mama, Mama faz pra tu
Não farei favores por merci beaucoup
Um favor pra Mama, um favor pra tu
A vida é pagou, levou
Por isso eu penso assim
Se eu vou ganhar de quem eu dou
Então tá bom pra mim
Mão que lava a outra, trapo cobre o nu
Se tu faz pra Mama, Mama faz pra tu
(...)
Corte a minha torta, asse o meu peru
Tu adoça a Mama, que ela adoça tu
Passe a sacolinha, enche de urubu
Se sobrar pra Mama, vai sobrar pra tu
O mundo dá pra quem tem mais
Só vence um vencedor
Então se tu me carregar
Eu puxo o teu andor
Todo mundo junto no maior rebu
Tu afaga Mama, Mama esfrega tu
E a moral da história
Sabe Deus e Belzebu
Se tu faz pra Mama, Mama faz pra tu
Lá vem Billy!
Cadê Billy?
Quem quer Billy?
Mais, mais Billy!
B–I–L-Y
Quem não quer?
Ele é nosso galã
E vai ficar
Com quem quiser
(...)
Não me importa o brilho de um anel
Um colar, um chapéu
Pra mim, meu bem
Só importa o coração
Esse é meu lema!
(Esse é seu lema!)
Se a gravata é seda ou é cetim
Tanto faz, pois pra mim
Pra mim, meu bem
Só importa o coração
(Só importa o coração)
Um olhar sofredor, suplicando
Por favor
Eu derreto de emoção, pois
Isso vale mais do que um milhão
Não importa o novo arranha-céu
Mil salões, grande hotel
Pra mim, meu bem
Só importa o coração
(Só importa o coração)
“ – Talvez vocês pensem que eu estou falando do amor físico. Mas não é só isso. Não é apenas o amor físico. Existem outras formas de amor como: amor pela justiça. Amor pelos trâmites legais. Amor por ajudar alguém que realmente precisa de você. Amor pelo seu semelhante. É destas formas de amor que eu estou falando... E amor físico também, que ninguém é de ferro!”
Sabe meu bem
Só importa o coração
(Esse é seu lema)
Deus sabe bem
Só importa o coração
(Só importa o coração)
Emoção pelo ar
E os cabelos a voar
Que delícia de paixão
Ver as jovens fora da prisão
Yeah... Não, não importa
O carro em que eu chegar
Charutos que eu vou fumar
Pra mim, meu bem
Só me importa mesmo
Sempre a justiça
Pegar o vilão
Ver o algoz caído no chão
O que importa é o coração!
Foi mamãe que me ensinou
A sempre carregar
Lentes cor-de-rosa
Que me fazem enxergar
Por trás dessa vida a olho nu
Um lindo colibri num urubu
A vida dói, a vida é má
Mas tudo vai passar
Se em meio à escuridão você lembrar
Que existe sempre um lado bom
Em cada um
Em cada um
Existe sim
Eu sei que existe um lado bom
Em cada um
Em cada não
Um lado sim
É só olhar com atenção
Por um segundo
E sob a pele do vison
Há sempre um coração pulsando
Veja o lado bom de cada um
Nem todo lobo é sempre um lobo
Procure então olhar o lado bom
Um ladinho eu vou sempre ligar ao bom
Ah-ah-ah-ah
Oh-oh-oh-oh
Há sempre um coração pulsando
Veja o lado bom de cada um
Até um rato
É mais que um rato
É só olhar o lado bom
É... fim!
Sua origem?
Mississipi
E a família?
Muito rica
Onde moram?
Cemitério
Mas um milagre aconteceu
E o Sacré Cœur me recolheu
E Chicago?
Foi mais tarde
Quantos anos?
Eu não lembro
Mas o resto?
Chega Amos
Que roubou meu coração
E me propôs esta união
“ – Uma garota do convento, um casamento precipitado. Isso é muito terrível... Pobre, pobre menina!”
E Fred Casely?
Foi meu caso
E o crime?
Terminamos
Era bravo?
Como um louco
Eu falei não quero mais
E isso enfureceu o rapaz
Os detalhes
Ele avança
Com a arma?
Da gaveta
Houve briga?
Violenta
Ele forte e ela não
E os dois lutaram sobre o chão
E foi assim que os dois então, os dois então
Os dois então, juntos
Arma na mão, na mão, na mão
Os dois então lutaram no chão, no chão
E foi assim que os dois então, os dois então
Os dois então, juntos
Arma na mão, na mão, na mão
Os dois então lutaram no chão, no chão!
Mas é lógico, mas é lógico
Não há dúvida que é bem lógico
Mas é obvio, super óbvio
Que a pobre indefesa perdeu a cabeça
E agora?
To com medo
Se arrepende?
Ah, tá brincando!
Em resumo
Se eu pudesse
Ver o tempo andar pra trás
Eu não matava esse rapaz
E?
Nova vida
Que?
Sem bebida
E?
E os rapazes
Que?
Diversão
Que mais?
Foi só nisso
Sim?
Que eu pensava
Quando?
Nós lutamos sobre o chão
Mas é lógico, mas é lógico
Não há dúvida que é bem lógico
Mas é obvio, super óbvio
Que a pobre indefesa perdeu a cabeça
E foi assim que os dois então
Os dois então, os dois então juntos
Quero ouvir!
Arma na mão, na mão, na mão
Os dois então lutaram no chão, no chão!
Mais alto!
E foi assim que os dois então
Os dois então, os dois então juntos
Arma na mão, na mão, na mão
Os dois então lutaram no chão, no chão!
Agora sim!
E foi assim que os dois então
Os dois então, os dois então juntos
Arma na mão, na mão, na mão
Os dois então lutaram no chão, no chão!
Hei!
E foi assim que os dois então
Os dois então, os dois então juntos
Arma na mão, na mão, na mão, na mão
Na mão, na mão, na mão, na mão,
Na mão, na mão, na mão, na mão
Na mão, na mão, na mão
Com a arma na... Mão!
Na mão, na mão, na mão, na mão
Na mão, na mão, na mão, na mão
Na mão, na mão, na mão, na mão
Na mão, na mão, na mão, na mão
Lutaram no chão!
As bocas todas vão dizer um nome só
Roxie
As mãos cansadas de escrever um nome só
Roxie
Eu vou virar uma superstar
Meio deusa e fêmea fatal
Em todos os jornais, demais
Dos pés à testa, a teta e tal
Eis que a mulher do trapalhão chegou aqui
Roxie
O crime pode compensar
Na arte de matar alguém
Só tem um nome, mais ninguém
Roxie Hart
(...)
As bocas todas vão dizer um nome só
Roxie
As mãos cansadas de escrever um nome só
Roxie
E vai virar uma superstar
Meio deusa e fêmea fatal
Em todos os jornais, demais
Dos pés à testa, a teta e tal
Eis que a mulher do trapalhão chegou aqui
Cantem
Roxie
O crime pode compensar
Na arte de matar alguém
Só tem um nome, mais ninguém
Roxie, Roxie Hart
As filas dobram o quarteirão
Pois vem ai: Roxie
Autografar pra multidão um beijo meu
Roxie
E vou entrar com mais um colar
Cintilando até a ponta dos pés
Um anel, outro anel
Onde mais couber anel
Na proa, popa, no convés
(...)
O tédio já ficou pra trás
Cheguei aqui
Roxie!
Chegou com tudo e vai ficar
Pois já não tem mais pra ninguém
A luz agora é só pra quem?
Roxie, Roxie Hart
Roxie! Roxie! Roxie! Roxie!
O elenco do show era minha mana e eu
Sucesso no show e a gente aconteceu
A grana chegou e o poder e tudo enfim
Mas a mana morreu e tudo chegou ao fim
O que passou, passou e a dor é só a dor
E o que resta de nós, mais do que nós
É um super duplo show
(...)
Sou eu... Bateria
E ela... Sax
E nós... Juntas
Porém sozinha não dá
E ela
E eu
E nós
Porém sozinha não dá
E ela diz ‘Nós falamos de...
E eu ‘Homens’
Nhá, Nhá, Nhá
E então nós fazemos
O povo enlouquecer também
E ela
E eu
E nós
E os bam-bam-bans
Babando por nós
Doidos se jogando pra nós
Feitos cães urrando por nós
Ai eu dizia
‘Ok rapazes, segurem as pontas aí
Porque vocês...
Vocês ainda não viram nada!’
Mas sozinha eu não consigo
Não dá!
(...)
E ela
E eu
E nós
Porém sozinha não dá
E então, Chicago
Aos nossos pés
Fervendo
Você tá entendendo?
E então se o motor parou
Ninguém pára a multidão
E ela
E eu
E nós
De lado!
Então a rapaziada
Toda que vem
Para ver o show
Mais quente que tem
E quase quebra o palco também
Eu dizia
‘Ok rapazes nós já estamos indo pra casa
Mas antes nós temos ainda algumas coisinhas pra vocês’
E pronto
E isso nós fazíamos em perfeito uníssono
E essa dupla assim sublime
Foi mais perfeito time
Mas sozinha é quase um crime
Não dá!
Tudo o que eu sei
(Tudo o que eu sei)
E só o que eu sei
(E só o que eu sei)
Amigo meu
(Amigo meu)
Sou eu
Meu capataz
(Meu capataz)
E meu protetor
(E meu protetor)
Amigo pra mim
Sou eu
Quem já falou
Que gosta de mim
Me manda sempre rosas
Mas quer o meu jardim
A sorte não vem
(A sorte não vem)
Bater no portão
(Bater no portão)
A vida pra mim
(A vida pra mim)
É jogo de ação
E seja o que for
Eu sei o que é meu
Amigo pra mim
Sou eu
Três mosqueteiros
Todos por um
Estão todos neste corpo
Eu
Eu
Myself
Myself
E moi
E moi
(E moi, e moi,e moi)
Se a vida é lição
Passei com louvor
Se a vida é matar
Saí vencedor
E vou resistir
Eu quero o que é meu
Amigo pra mim
Sou eu!
Mas quem diria?
Meu Deus, mas quem diria?
Mas isso cola?
Meu Deus será que cola?
Alguém conhece outra garota assim?
Quando tá na merda o cheiro é de jasmim
Por dentro tá podre e é lixo só
Mas por fora, pão-de-ló!
(...)
Que tanta sorte, tanta proteção
Mesmo atropelada por um caminhão
Só passa uma escova e tudo bem
Já não tem pra mais ninguém
(...)
Eu não!
Eu sou bem assim
To na merda e na podridão
O cheiro é merda e não tem perdão
Não... Sempre sou assim
Caminhão me atropelou
E nenhum dente me sobrou
Essa garota mente tanto assim
Nó em pingo d’água
E rosas no jardim
O mundo pastando no seu capim
E todos pedindo bis!
(...)
Mas quem diria?
Meu Deus, mas quem diria?
(...)
Mas isso cola?
Meu Deus será que cola?
Eu e meu baby
Meu baby e eu
Os dois juntinhos
Que dupla que deu
Vem tempestade
O barco afundou
Tudo bem, pois meu neném
Chegou nadando e me salvou
Ele no colo
É como um buquê
Os dois na foto
Sou eu e o bebê
Em cataclisma o teto afundou
Mas tenho meu baby
Sou eu e meu baby
Somos o baby e eu
(...)
Eu e meu baby
Meu baby e eu
Super dueto
Que o mundo elegeu
E simplesmente
Não dá pra fingir
Se meu bebê, além do quê
É tudo o que eu quero exibir
Ele é meu dono
E vai me guiar
Sigo meu dono
Que vai me levar
Eu era ímpar
Mas aconteceu
Meu par é meu baby
Meu duplo é meu baby
Somos o baby e eu
(...)
Eu e meu baby
Meu baby e eu
Juntos os dois
Nesse mundo de Deus
Quem nos segura
Melhor nem tentar
Pois meu bebê não vai ceder
E eu também não vou deixar
Juntos agora, a gente chegou
Cheio de banda, a gente arrasou
Onde era treva, a gente acendeu
Eu e meu baby
Meu lindo, meu baby
Querido, meu baby
Docinho, meu baby
Gordinho, meu baby
Fofinho, meu baby
Rosinha, meu baby
Benzinho, meu baby
Vejam o baby e eu
Se alguém em meio à multidão
Levanta o braço e estende a mão
E grita e chuta e faz furor
Dá pra notar
Se alguém durante o futebol
Sai nu correndo na geral
Mostrando ao povo seu valor
Dá pra notar
E mesmo quem é tímido e sem cor
Tem sempre seu instante de fulgor
Exceto, é claro, se esse alguém nasceu
Translúcido, irrelevante... Eu!
Cellophane
Mr. Cellophane
Vulgo joão-ninguém
Mr. Cellophane
Eu sempre estou presente
Transparente
Ninguém jamais me vê
Por isso, Cellophane
Mr. Cellophane
Vulgo joão–ninguém
Mr. Cellophane
Eu sempre estou presente
Transparente
Ninguém jamais me vê
(...)
Suponha que você é um cão
A quem o dono estende a mão
Para dar um osso ou para coçar
Dá pra notar
Suponha que você casou
E alguém ao lado seu roncou
Por sete anos sem parar
Dá pra notar
E mesmo quem é tímido e sem cor
Tem sempre seu instante de fulgor
Exceto aquele alguém que sempre está
Inexpressivo, apagado
Quem será?
Vulgo joão–ninguém
Mr. Cellophane
Eu sempre estou presente
Transparente
Ninguém jamais me vê
Por isso, Cellophane
Mr.Cellophane
Vulgo joão–ninguém
Mr. Cellophane
Eu sempre estou presente
Transparente
Ninguém jamais me vê
Nunca... ninguém... vai
Me ver!
Bom, quando eu chegar lá na frente do tribunal
Eu pensei em olhar direto pro júri
E cruzar as minhas pernas assim, olha
É Velma em ação
E se Harrison vier me olhando
Eu posso fazer isto
E se ele gritar comigo, eu posso tremer assim
‘Oh, não, meu senhor!’
‘Oh, não, por favor!’
É Velma em ação
Lá vai nossa Vel
Faz bem seu papel
É só sensação
Coloca todo mundo na palma da mão
E daí eu posso fingir que tudo é demais pra mim, sabe?
Um drama mesmo
Ah! E eu posso também sentir sede
E pedir pra alguém
‘Será que me arrumariam um copo d'água?’
É Velma em ação
Lá vem, Velma vem
Quem diz que não tem
Sérias intenções?
São todos enrolados pelos seus botões
E aí nessa hora é que eu posso chorar
Litros!
Só que acontece que eu não tenho lenço
Então eu peço o seu
Ai eu adoro essa parte, você não?
E daí eu me levanto
E eu tento caminhar, mas acontece que to muito fraca
Então eu tropeço, eu tropeço
Eu tropeço, eu tropeço, eu tropeço
E no fim, eu desmaio!
Vai Vel, vai ganhar
Vai impressionar
É Velma em ação
É Velma em ação
E tudo é só faz de conta
Tudo é mágica
Prepare o show com luz bélica
E a reação vai ser histérica
Pois tudo é só lusco-fusco
Sombra e púrpura
Com tanto brilho
Quem vai te enxergar?
Se já chuparam seu caroço
E o que sobrou foi só o osso
Faça mágica e ninguém vai notar
Pois tudo é só faz de conta
Tudo é mágica
Basta servir um espetáculo
Que vão cair nos seus tentáculos
Pois tudo é só pé na flauta
Fita e flâmulas
Se a coisa aperta, é melhor dançar
Finja que é seu melhor pedaço
E ninguém vê que é só bagaço
Tudo é mágica
A mais doce ilusão
E tudo é só faz de conta
Tudo é mágica
E desde os tempos de Matusalém
Até milhões de anos-luz além
Que tudo é só pão e circo
Som e fúria
Se a coisa aperta, é melhor dançar
Basta um olhar assim sublime
Que vão deixar passar seu crime
Tudo é mágica
E romance no ar
Pois tudo é só faz de conta
Tudo é mágica
Prepare o show intenso e lúbrico
Que o quarteirão explode em público
Pois tudo é só vá de retro
Abre Césamo
Mostre o poder e a força em você
Basta fazer um grande evento
Que vão pensar que é só talento
Mas é mágica
Mas é mágica
Tudo é mágica
E a estrela é você
O que foi feito
Dos os bons modos?
Dos bons gestos?
Do bom gosto?
O mundo agora é vulgar
Tudo é só escrotidão
Não há mais educação
Não!
Já não se diz
Por favor, moça
Pois não, moço
Perdão, dona
Quem era doce e gentil
Hoje é grosso e bundão
Não há mais educação
Não!
Ah, os cavalheiros se tornaram cavalões
As vagabundas se instalaram nas mansões
A velha classe já entrou em extinção
Não há educação
O que foi feito
Dos os bons tempos?
Os bons ventos?
Os bons ares?
Ninguém se acanha em soltar
Gases pelo salão
Não há mais educação
Não!
Ah, hoje há cadelas onde havia cortesãs
E trogloditas nos lugares dos galãs
Até as velhas já perderam a noção
Até as velhas já perderam a noção
Não há educação
Nádegas e peitos nos jornais
Demais
Meu Jesus
Hoje só há genitais
Educação não mais
A melhor tradição
Foi parar no culhão
Foi pro pé
Foi pro pé
Foi pro cu
Foi pro cu
A educação
É bom
Tudo é tão bom
Mais do que bom
Mais do que mais
Mais do que dez
É demais
Hoje é
Tem som
Hoje tem jazz
Hoje tem gás
Hoje tem luz
Hoje tem voz
Hoje tem
Hoje é
Quanto mais a gente pode
Muito mais a gente quer
No altar eu vou com Harry
Na cama é quem vier
E é tão bom
Tudo é tão bom
Mais do que bom
Mais do que mais
Mais do que...
(...)
Quanto mais a gente pode
Muito mais a gente faz
No altar eu quero o Harry
Na cama outro rapaz
E é tão bom
Tudo é tão bom
Mais do que bom
Mais do que mais
Mais do que dez
É demais
Mas vai ter fim
O tempo vai passar
E tudo vai mudar
Mas por enquanto
É assim
E é tão bom
Tudo é tão bom
Mais do que bom
Mais do que mais
Mais do que dez
É demais
Mas vai ter fim
O tempo vai passar
E tudo vai mudar
Mas por enquanto
É assim