Comédia musical dos americanos Greg Kotis e Mark Hollmann, a montagem original estreou em Nova York, em 2001, e foi vencedora de três prêmios Tony. A versão brasileira é realizada pelo Núcleo Experimental com recursos provenientes do Prêmio Zé Renato de apoio à produção e desenvolvimento da atividade teatral para a cidade de São Paulo e tem direção de Zé Henrique de Paula, direção musical de Fernanda Maia e coreografias de Gabriel Malo.
Em ‘Urinal, O Musical’ uma seca de vinte anos (época conhecida como os Anos Fedidos) causou uma terrível falta de água, fazendo com que banheiros particulares deixassem de existir. Toda a atividade sanitária da população é realizada em banheiros públicos controlados por uma megacorporação chamada Companhia da Boa Urina, comandada pelo ardiloso Patrãozinho. Para controlar o consumo de água, as pessoas devem pagar para usar essas dependências.
Há leis severas garantindo que o povo pague para fazer xixi, e se elas forem quebradas, o culpado é enviado para uma suposta colônia penal chamada “Urinal”, de onde os criminosos jamais retornam. Tudo caminha bem, até que o jovem Bonitão, incitado pela bela e radiante Luz, aprende a ouvir seu coração e inicia uma revolta popular que pode mudar o destino de todos.
“A escolha do texto se deu, principalmente, pela atualidade e contundência dos temas que aborda: o consumismo, o poder das corporações, a escassez de recursos naturais e a vida em padrões sustentáveis. Em meio à maior crise hídrica já vivida no estado de São Paulo, nos parece essencial trazer ao debate as consequências de um estilo de vida que já ultrapassou todos os limites de sustentabilidade. Por meio do humor e da música, questões urgentes são trazidas à cena, ilustrando um futuro apocalíptico que em muito se assemelha ao presente que vivemos”, afirma o diretor Zé Henrique de Paula.
“É muito importante salientar que a grande maioria dos recursos materiais usados na montagem (material de cenário, figurino e iluminação) foi reciclada e não comprada. Tecidos, madeira, ferragens, aviamentos, mobiliário, objetos, tudo foi reciclado de doações recebidas e acervo do grupo. Esse material recebeu tratamento adequado e foi customizado às necessidades da produção, gerando aproveitamento integral de recursos e mínima geração de resíduos durante sua execução”, finaliza o diretor.
O elenco é composto por Adriana Alencar, Bia Bologna, Bruna Guerin, Caio Salay, Daniel Costa, Fabio Redkowicz, Gerson Steves, Luciana Ramanzini, Nábia Vilella, Paulo Marcos Brito, Roney Facchini, Thiago Carreira e Thiago Ledier. Além dos músicos Rafa Miranda (Piano), Clara Bastos e Pedro Macedo (Baixo), Rafael Heiss e Abner Paul (Bateria), Flávio Rubens (Clarinete e Saxofone) e Valdemar Santos Nevada e Evandro Bezerra (Trombone).