Na comédia musical, Tetê (Françoise Forton), vencedora de um concurso de beleza, hoje atriz famosa e apresentadora do programa “Sossega” é convencida por sua melhor amiga, Ana Maria (Clarisse Derzié Luz), a ir num reencontro da turma de colégio, uma festa com músicas e figurinos dos anos 60 e 70. No convite está bem claro: trilha sonora, drinques, traje, tudo vai levar as personagens de volta à era da inocência. “Como estamos em 2016, apesar de todo envolvimento emocional, surge o inevitável olhar crítico, sempre com muito humor”, conta o autor Flávio Marinho.
No evento, Tetê reencontra não só a rival Wanda (Sheila Matos), como também o ex-marido Frankie (Renato Rabelo) e uma antiga paixão, Teddy (Luciano Szafir). Durante a comemoração, Wanda mostra que os anos não conseguiram domá-la, e chega com o mesmo objetivo de Tetê: laçar Teddy. Só que elas não esperavam que Teddy trouxesse na lambreta sua nova namorada, uma jovem de 21 anos. Danielly (Carla Diaz) está completamente por fora da história e do clima da festa. É aí que o conflito entre o passado e presente se torna mais denso. Completam o elenco Luísa Viotti, Julia Guerra, Ryene Chermont, Ricardo Knupp e Mateus Penna Firme.
O espetáculo é pontuado por 20 músicas integradas a ação dramática. Hits que atravessam décadas de sucesso, dos anos 60 e 70 até os dias de hoje. As músicas são tocadas por uma banda ao vivo, composta por guitarra, bateria e baixo, que dá o clima do espetáculo. O palco e a plateia são remetidos à época através de canções como “Banho de Lua”, “Lacinhos cor de rosa”, “Tetê”, “Juntinhos”, “Broto Legal”, “Frankie”, “Teddy”, “I’ve got under my skin”, “Biquíni de bolinha amarelinha”, “Filme Triste”, “Alguém na multidão”, “Erva venenosa”, “O bom”, além da música-título do espetáculo, “Estúpido Cupido”, e mais duas versões: “Nosso amor”, a partir da música “I’ll follow the sun”, dos Beatles e “Estou aqui”, a partir da música “I’m still here”, do musical “Follies”.
O musical alcançou mais de 20 mil espectadores, durante os 5 meses de temporada no Rio de Janeiro .“Dançamos e cantamos juntos. A comunicação do espetáculo é muito rápida e também surpreendente. Realizar o Estúpido Cupido no teatro é um presente, um prazer imenso”, conclui Forton. Para o autor foi um mergulho no tempo. “Como não tínhamos uma trilha sonora composta para a peça, revisitei todo o repertório da pré-jovem guarda para ver quais as músicas me ajudariam a contar a história”, afirma Flávio Marinho. “A peça é uma alegria, uma peça que faz uma festa. Tem sido uma felicidade constante, a beleza de ver o público se entregar e dançar até no final do nosso musical”, finaliza o diretor Gilberto Gawronsky.