Com roteiro e direção de Moacyr Góes, que faz sua primeira incursão no teatro musical, o espetáculo é uma homenagem aos 50 anos da Tropicália. Zélia Duncan assume o papel de narradora e condutora da peça e divide o palco com Josi Lopes, Laura Carolinah, Luana Zenun, Nay Fernandes, Pamella Machado, Stephanie Serrat, Talitha Pereira, Bruno Fraga, Daniel Caldini, João Felipe, Luiz Araujo, Marcos Lanza, Patrick Amstalden, Cadu Batanero e Ingrid Gaigher.
O espetáculo apresenta canções de Caetano Veloso, consideradas pelo diretor “a tradução mais fiel do movimento”, mas também há composições de Gilberto Gil, Roberto Carlos, Chico Buarque, Luiz Gonzaga e Vicente Celestino, entre outros. Para contar a história do tropicalismo, no entanto, o diretor optou por criar um espetáculo musical não convencional:
– Não é um espetáculo que atenda, digamos, à trajetória tradicional do musical como linguagem, que é ter uma história, ter uma trama, e que é composto por músicas que ajudam esta trama a se desenvolver até o seu desenlace. Não acho que, para falar de tropicalismo, para pensar sobre tropicalismo, pudesse ser assim, pudesse tentar colocar em uma trama tão tradicional o que, em si, é tão pouco afeito a normas. Eu procurei estruturar um roteiro que tivesse uma lógica, que contasse uma história, mas não de uma maneira didática. Eu não quero explicar para as pessoas o que foi o tropicalismo, eu quero que as pessoas passem por uma experiência com as músicas e com as cenas, que produza sentimentos, reflexões, emoções, etc.
Além de Moacyr, a equipe criativa conta com direção musical e arranjos de Ary Sperling, coreografias de Alonso Barros, cenografia de Helio Eichbauer, vídeo cenário de Richard Luiz e figurinos e visagismo de Fabio Namatame. Completam esse time Thiago Gimenes (arranjos, preparação vocal e regência), Tocko Michelazzo (designer de som), Fran Barros (designer de luz), Luis Bueno (direção de arte) e Beatriz Lucci (assistente de direção).