‘A Madrinha Embriagada’ é uma adaptação do premiado The Drowsy Chaperone, que fez temporada na Broadway em 2006 e 2007. Ao adaptar a obra, Miguel Falabella remete toda a trama para a cidade de São Paulo dos anos 20. Neste ambiente, as personagens adquirem aderência com a história do Brasil e, mais particularmente, com as características da cidade de São Paulo em efervescência econômica, provocada pela urbanização da cidade, pelo estabelecimento e maturidade da riqueza das famílias de imigrantes de todas as partes do mundo, o que levou ao início do funcionamento do mercado cultural paulistano.
A história começa nos dias atuais com um fã de musicais, denominado o Homem da Poltrona (Ivan Parente), ouvindo o disco de um espetáculo chamado A Madrinha Embriagada, que teria estreado em 1928 no Teatro São Pedro. A história ganha vida no palco, com os atores revivendo a trama. A história do disco trata de uma musa do teatro, Jane Valadão (Sara Sarres), que vai deixar os palcos para se casar com o empresário Roberto Marcos (Frederico Reuter). Como costume da época, uma madrinha é contratada para cuidar da noiva antes do casamento, nesse caso, Jane é sempre acompanhada por sua madrinha embriagada (Stella Miranda). O dono do teatro, Sr. Iglesias (Saulo Vasconcelos), e outros personagens têm motivos de sobra para que esse casamento não aconteça. Com a ajuda da corista sem talento, Eva (Kiara Sasso), Iglesias contrata um amante argentino, Aldolpho (Cleto Baccic), para atrapalhar essa união. Espiões disfarçados de padeiros portugueses (Rafael Machado e Daniel Monteiro), uma aviadora, Dôra (Adriana Caparelli), Dona Francisca Jaffet (Ivanna Domenyco) e seu mordomo, o amigo do noivo (Fernando Rocha) reunidos na mansão da Avenida Paulista são alguns dos personagens que povoam a cabeça e mente do criativo homem da poltrona, que narra toda essa epopeia.