Através de um jogo teatral, mesclando comédia, poesia, e a filosofia do “bem viver”, a história, que fala de Deus sem falar de religião, se desenrola de forma divertida e simbólica, onde um grupo de pessoas avessas e incrédulas, tem seus caminhos cruzados por João Batista e Jesus Cristo, encontro este que desperta novas esperanças em cada um, mostrando a eles diferentes formas de enxergar e viver a vida. Com os ensinamentos em forma de parábolas, o grupo, até então desprovido de fé e amor, passa a construir uma comunidade, deixando de lado pequenos “pecados” cometidos em ações do dia-a-dia, e cultivando assim os bons sentimentos como a amizade, o amor, a generosidade, a ética e o respeito ao próximo.
Leonardo Miggiorin e Rafael Pucca, que se revezam no papel de Jesus, Beto Sargentelli, que dá vida a João Batista e Judas, e Juliana Peppi, a divertida Joanne, encabeçam o elenco, que conta ainda com Nathália Borges (Sônia), Mariana Nunes (Gilmer), Fernanda Cascardo(Peggy), Gabi Medvedovsky (Robin), Pri Esteves (Swing), Pedro Navarro (Lamar), Matheus Severo (Herb), Artur Volpi (Jeffrey) e Adler Henrique (Swing).
Sob a direção cênica de Dagoberto Feliz, a nova montagem de “Godspell” traz para o teatro musical elementos do teatro ‘tradicional’, e conta com uma construção original, trilhando um caminho menos previsível para a condução da história, que mescla de forma bem humorada as clássicas parábolas com a trilha sonora. “O processo de construção do musical me deixou bastante mexido com as palavras de Jesus, penso que elas fazem todo sentido para o mundo de hoje, meio ‘down’, que está completamente desfeito, que despencou e carece de Estado, amor, educação, cultura, saúde e igreja. As palavras dEle (Jesus) gritam aqui, e por isso quis que elas conversassem com tudo, com cenários, figurinos e tons, que seguem a paleta de cinza, preto, bege e branco, e ganham cor em alguns momentos e elementos”, explica o diretor.
Carlos Alberto Jr., diretor musical, se preocupou em dar a liga necessária à harmonia e aos ajustes entre a banda e o elenco para que o pleno diálogo vocal-instrumental da obra chegasse a um resultado final de qualidade.“Senti que era chegado o momento de me desafiar como profissional; Após dois anos no palco, em ‘O Rei Leão’, deixei de lado o ator e cantor de musicais para dar lugar ao produtor, e escolhi trazer um espetáculo da Broadway que gosto muito para iniciar este ciclo. “Godspell, o Musical” é sem dúvida a melhor possibilidade de estreia para a LS. Uma partitura extremamente desafiadora. Uma energia vocal que atravessa o rock e o gospel, e um libreto que permite ao espectador uma reflexão sobre suas ações; São estes os ingredientes que compõem essa história rica em mensagens, tão apaixonante e atemporal”, conta.
A trilha, sucesso há mais de 40 anos, ganhou versões inéditas pelas mãos de Guilherme Leal – responsável também pela assistência de direção musical e preparação vocal – e Kaíque Azarias, que após uma epifania poética, optaram juntos por letras tocantes, reflexivas e fiéis. A cenografia, que leva a assinatura de Paulo Correa, apresenta um conceito de montagem “cru” e repleto de metalinguagem, fazendo total conexão com os figurinos urbanos e contemporâneos que imprimem a marca de Claudia Schapira, e estão simetricamente alinhados com o design de luz e som, criados por Alini Santini e Gustavo Bertoldo, respectivamente, que complementam assim a essência expressiva, cheia de vida, e curiosamente original proposta pela Cia.
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