“Pippin” revolucionou a Broadway na época de sua estreia, em 1972. Com uma estrutura ousada e a aposta na metalinguagem, o musical de Stephen Schwartz arrebatou cinco Tony Awards e se tornou um clássico. Em 2018, o espetáculo ganhou uma versão brasileira pelas mãos de Charles Möeller & Claudio Botelho, no Rio de Janeiro, e agora chega a São Paulo, no Teatro FAAP.
Liderada pela Mestra de Cerimônias (Totia Meireles), uma trupe teatral conta a história do príncipe Pippin (João Felipe Saldanha), filho e herdeiro do trono do Rei Carlos Magno (Fernando Patau). Em busca do sentido da sua vida, e para atingir uma existência extraordinária, ele segue os conselhos da avó (Mira Haar) e da madrasta Fastrada (Mariana Gallindo), passa por batalhas, experimenta o poder, a simplicidade e o amor.
‘Este é um musical com muito mais substância e camadas do que se imagina. ‘Pippin’ é uma comédia cínica, que traz um protagonista absolutamente moderno, cheio de dúvidas e questionamentos, com um vazio existencial que jamais será preenchido. É um dos motivos pelo qual é chamado de ‘Hamlet’ dos musicais. Ele rejeita antigos clichês e quebra com algumas tradições do gênero. Como se não bastasse, ele retoma essa ideia do ‘teatro dentro do teatro’ e traz um grupo teatral e a figura da Mestra de Cerimônias para contar a história’, conta Charles Möeller, que adquiriu os direitos do espetáculo com Claudio Botelho após o revival da peça na Broadway em 2013.
O elenco conta ainda com Thiago Machado, Bel Lima, Andreza Medeiros, Giu Mallen, Gustavo Della, Pedro Burgarelli, Pedro Sousa, Renato Bellini, Sandro Conte e Vanessa Costa. Para a ficha técnica, Möeller & Botelho convocaram novos e antigos colaboradores, como o coreógrafo Alonso Barros, o cenógrafo Rogério Falcão, o iluminador Rogério Wiltgen, a figurinista Luciana Buarque e o diretor musical Jules Vandystadt.