Musical: A Madrinha Embriagada
Versões: Miguel Falabella
Vestir! Vestir!
O que vestir?
Porque estou vestida assim?
Não sei dizer
Vestir! Vestir!
Já me vesti
E alguém tem que me dar explicações
Fui eu quem quis
Quem escolheu
Eu tive que botar no sol
Que bom, ele não encolheu
Ainda dá pra ocasião
E agora vou lhe dar explicações
Vai ter festa aqui, quero lhe contar
A dona da casa tem que estar em seu melhor
Quem vai se unir?
Quem vai se casar?
Tocam sinos na capela para anunciar
Vestir! Vestir!
O que vestir?
Ao menos não está nua dessa vez
Tanta gente vem
Querem frequentar
Esse casamento já está dando o que falar
Roberto, o noivo
Vou me casar com Jane
A minha noiva é linda e eu não sei rimar
Sou Jorge, sou Jorge
O amigo bom
Eu sou bem prestativo e gosto de ajudar
(...)
Iglesias, produzo
Não posso estar feliz
Pois esse casamento me roubou a atriz
Sou Eva, Só Eva
Com o produtor é que eu vim
Queria ser estrela, mas não deu pra mim
Fazemos pão
Fazemos pão
Juramos que fazemos pão
E todo dia a padaria é vocação
Aldolpho, Aldolpho
Mi nombre es aldolpho
Amante argentino e vivo pra beijar
Amante argentino vive pra beijar
Quem vai se unir
Quem vai se casar
Tocam sinos na capela para anunciar
Falta alguém aqui
O que sucedeu?
Jane Valadão, a noiva, não apareceu
É Jane, é Jane! É Jane Valadão!
Sou Jane, Jane Valadão
Vou casar com esse bonitão
E desisto da carreira pela união
Estou atrasada?
Vim acompanhar
E cuidar de Jane Valadão
Sou a madrinha de quem se falou... é por aí
O bar onde fica?
Pois um casamento é tão bom
Estamos na lei seca, madame
Nós vamos ter festa aqui
Por isso eu trouxe o meu de casa
Pois um casamento é tão bom
O champanhe me deixa tonta
Já estou tremendo sim
Chacoalhando enfim
Ouço um avião
Vai pousar aqui
Sou Dôra, a aviadora
Vivo no céu
Eu tenho outra cabeça
Por favor, não me aborreça
Sou Dôra, a aviadora
Quero voar
E não desejo me casar
Pois um casamento é tão bom
Que farra! Que festa!
Um casamento é tão bom
A felicidade na mão
Que farra! Que festa!
Estou tremendo sim
Chacoalhando enfim
Derretendo assim...
(...)
Quem vai se unir?
Quem vai se casar?
Tocam sinos na capela para anunciar
Sinos fazem ding!
Sinos fazem dong!
Sinos fazem ding-a-lin e nós fazemos dong!
No espelho um bonitão
Parece nervoso
Tremendo sem qualquer razão
O que te aflige, meu irmão?
Meus pés
Meus pés
Sinto frio nos pés
Tenho que aquecê-los já
No sapateado
Meus pés, que tal?
Na verdade, os pés vão bem mal
Se eu dançar vou me sentir bem melhor
Todo mundo pode aprender a sapatear
É um modo de se aquecer
E de poder celebrar
Para cantar
Meus pés, que bom!
Já não perco o tom
Pois só sei dançar assim
(...)
Meu problema?
Seus pés
Que problema?
Seus pés
Vou esquecer dos meus pés
Não!
Vamos sapatear
Meus pés, meus pés
Sinto frio nos pés
Temos que sapatear
Para nos aquecer
Para nos aquecer
Para nos aquecer
Para nos aquecer
Eu não vou mais me exibir
E já não quero mais cantar
Na verdade, quero sumir
Eu cansei de me expor
Eu não quero mais me despir
A gostosa já se cansou
A boneca se rebelou
Eu cansei de me expor
Jane, por favor...
Não posso evitá-lo
Eu já decidi
E assim, pra mim
O pano já se fechou!
Já cansei de ser linda assim
Tantos homens tive aos meus pés
(Gostosa!)
Um casaco de cem mil réis
Eu cansei de me expor
Ela já não quer mais se expor
(Eu não)
Todo dia sai nos jornais
(Página três)
Nos cadernos especiais
Eu não quero me expor
Ela não quer se expor
Eu não quero me expor
Ela não quer se expor pra nós
Nunca mais
Eu não!
Eu não quero me expor
Pois ela já não quer, não quer
Não quer se expor para nós
Não quero aplausos
Nem bajulação
Eu sumi
(Adeus)
Morri
(Brava!)
Não vou mais voltar
(Adeus! Morri!)
Mas volto a sorrir
Volto a cantar
Volto a dançar
Volto a me descobrir
Já não quero mudar de tom
Nem de achar que está tudo bom
É bem dura essa profissão
Eu já me decidi
Ser mais uma na multidão
Outro alguém
E também
Ser mulher
Ser igual
Eu cansei de me expor
(Já cansou de se expor)
Já cansei de me expor
(Já cansou de se expor)
Já cansei de me expor
(Já cansou de se expor)
já cansei de me expor
Demais!
Vamos todos cair
Ao longo da vida
Uma dose a mais
Cara no chão
E bebemos pra esquecer
O que vai acontecer
Sem saber pra onde ir
Qual direção
Vamos todos cair
Sem eira, nem beira
O tropeço é o preço a se pagar
Só nos resta esperar
Mais uma dose
Que há de surgir
Já que vamos cair
(...)
Nosso mundo cada vez está menor
E consegue ainda assim ficar pior
Sete são as maravilhas
Sete mares, sim senhor
Some a isto os continentes
E a Antártica, que horror!
Mas não perca a confiança
Disfarce o seu tremor
Beba um trago
Uma pinga ou um licor
Todos vão tropeçar
Mais cedo ou mais tarde
É no tranco que se
Aprende a viver
E quando enfim o bar fechar
Pois o dia já nasceu
Você pode contar quanto bebeu
Vamos todos cair
No meio da estrada
Pois quem bebe raramente está de pé
Só nos resta esperar um gesto amável
Um cafuné
Não, não quero café
Vou bebendo
Solta
Seca
Louca
Vamos todos cair!
Es cierto que ouviste hablar de Aldolpho
Un hombre aclamado el tal Aldolpho
Mujeres enlouquecen por Aldolpho
Voy me apresentar: yo soy Aldolpho!
E para que no esqueças de Aldolpho
Mejor é aprender el nombre Aldolpho
Mujeres gritam ao me ver: Aldolpho
Pois já sabem de cor que soy aldolpho!
Canto em qualquer tom: Aldolpho
Em alto e bom som: Aldolpho
Canto até com rapidez: Aldolpho
Canto até bem devagar
Y quien soy yo parado aca?
Aldolpho!
Y para me llamar, dicen?
Aldolpho!
Y até morrir serei o tal
Aldolpho!
Y uma vez más
Eres Aldolpho!
Posso soletrar para vocês
E para todas as velhotas com problemas de audicion
Que quieren mi cuerpo pero no saben decir correctamente
Al... Al... Al
Dol... Do, Do, Do, Dol...
Pho
Yo soy Aldolpho
Aldolpho!
Já houve tempo em que eu era o tal
Andava por toda a cidade
Mas quando ela chegou
A vida mudou
Eu perdi minha mobilidade
Eu sou um acidente provável
A desgraça que vai se abater
O brinquedo no chão
A faca na mão
Sem ter para onde correr
Tornozelos se torcem sozinhos
Não há nada que eu possa fazer
Eu sou um acidente provável
Provável é gostar de você
Se um homem me quer
Diz que sou a mulher
Com quem ele vinha sonhando
O que posso sentir
Não devo mentir
O desastre está se aproximando
Você é um acidente provável
A catástrofe que vai surgir
Fogo junto ao barril, ou...
Fogão que explodiu
O certo é que a casa caiu
Gosto mesmo de um certo perigo
E de homens sem nada a temer
Eu sou (você é) um acidente provável
Provável é gostar de você
E então?
E então nós nos beijamos
Somos dois acidentes prováveis
Provável é gostar de você!
Descascar
Derreter
Triturar
E moer
Quando menos se espera
Surpresa fatal!
Outra vez
Ananás
E licor
Hortelã
Que frescor
O sabor da surpresa
Surpresa fatal
Maravilhoso
Antes de sovar
Deixa descansar
Pra tudo crescer
E o fermento agir
Sem pressa
É demais
Com razão
Vai causar
Sensação
A melhor das surpresas
Surpresa fatal!
(...)
Eis que escondido
Um sabor perdido
Mexe com a libido
Uma delícia
Surpresa!
Ponha mel
E avelã
Mais licor
Se maçã
Sem sujar o avental
Surpresa fatal!
(...)
Antes de sovar
Deixa descansar
Pra tudo crescer
E o fermento agir
Sem pressa
Surpresa fatal!
Surpresa
Veja se está pronto
Surpresa
Veja se está pronto
Surpresa
Veja se está pronto
Acho que está pronto
Surpresa!
Está pronto!
É tão bom
Só eu sei
Pois eu fiz
E provei
Rouba os meus sentidos
Surpresa fatal!
Surpresa fatal!
Surpresa fatal!
Surpresa!
Surpresa!
Surpresa!
Surpresa!
Descascar
Derreter
Triturar
E moer
Quando menos se espera
Surpresa fatal!
Eis que bela surpre
Eis que bela surpre
Eis que bela surpre
Eis que bela surpre
Eis que bela surpre
Fatal!
Veja se está pronto
Fatal!
Veja se está pronto
Fatal!
Que delícia, surpresa fatal!
Tlago mensagem de um louxinol
Rouxinol, rouxinol, rouxinol
Tlago mensagem de um louxinol
Rouxinol
(...)
O que há com os amarelos
Que nos põe no chinelo?
O que há com os amarelos
Que é tão bom?
Será a comida, o shoyo, o arroz?
Será que é buda? Ou Confúncio?
Ou o que vier depois
O que há com esses blanquelos
Que nos põe no chinelo?
O que há com esses blanquelos?
Nada é bom
No céu dos brancos só tem um Deus
Tanto pêlo no nariz, ninguém diz que é feliz
Que horror!
Pus um macaco em um pedestal
Tentei manter o bicho ali
Por um tempo ficou
Mas depois se afastou
Anda solto o animal por aí
Deixou o casaco lá no pedestal
E a canequinha de latão
Não consigo entender
Por que razão
Que mico atrapalhado
Partiu meu coração
Atirou o nosso pedestal
No chão
Vem meu macaquinho
Traz de volta a ilusão
(...)
Que mico atrapalhado
Partiu meu coração
Atirou o nosso pedestal
(Pedestal)
No chão
Vem meu macaquinho
Traz de volta a ilusão
(...)
Eu preciso estar tão triste?
Não! Não! Não!
Viro esse jogo se quiser
Freud era meu fã
Viu todos os meus shows
E dizia: isso é que é mulher!
(E ela delira)
Sou jane! Jane valadão!
Do amor eu me despeço
Pois meu nome é sucesso
É sucesso
É sucesso
Não!
(Mico! Mico!)
Eu adoro essa parte
(Mico! Mico!)
Ela agora está em surto psicótico
(Mico! Mico! Mico!)
Eu sou um acidente provável
(Mico! Mico! Mico!)
Eu não quero mais me exibir
(Mico! Mico!)
Eu não quero mais deslumbrar
(Mico! Mico!)
A favorita do pelotão
Eu não quero
Eu quero
Eu não quero
Eu quero
Ou não
Ou sim
Ou não
Ou sim
Eu não quero me expor
Vem Jane! Vem Jane!
Volta à lucidez, Jane
Só querem lhe ver brilhar
E eu digo sim, Jane! Sim, Jane!
Você é a melhor, Jane!
Vivem pra lhe adorar
Qualquer que seja o futuro que me espera
Uma banana hei de colher na primavera
(Pôs um macaco em um pedestal)
Roberto! Eu estraguei tudo!
(Tentou manter o bicho ali)
Cega, surda e muda para o amor
(por um tempo ficou)
Eu te amo, macaquinho!
(Mas depois se afastou)
Mas será que isso basta?
(Anda solto o animal)
Será que o amor basta?
(O macaco não te amava afinal)
Eu rezo
(Mico! Mico!)
Pra deus
(Mico! Mico!)
Assim
O que é melhor: o mico ou o pedestal?
Pra mim?
Mico lá no pedestal!
Quem conhece a vida
Sabe que o amor
É uma experiência desigual
Julieta e Romeu tiveram a lição
O amor triunfa no final!
- Triunfa de que jeito madame? Romeu e Julieta é uma tragédia!
- Eu nunca leio as críticas, Agildo
Quem conhece a vida
Já se espelhou
No rei Henrique Oitavo que era mau
Mas por Ana, a Bolena ele se encantou
O amor triunfa no final
- Ana Bolena foi decapitada! Ela perdeu a cabeça, madame!
- Mas é claro, Agildo, ela estava apaixonada!
Pois Adão perdeu costela
- Lá vamos nós!
Dalila só traiu Sansão!
- Ela vai longe!
Não pretendo lhe dar trela
Madame não tem mais explicação
Eu digo que não
O amor triunfa no final
- Fiquei até sem ar! Vou tomar um copo de água... Gelada!
Quem conhece a vida
Sabe que o amor
Só quer maltratar e fazer mal
Mas eu tive muita sorte
O amor cuidou de mim
E o amor triunfa no final
Mas seu ex-marido era vil
Não falo dele, imbecil
O amor triunfa
O amor triunfa
O amor triunfa no final
O amor triunfa no final
É o Jorge! É o Jorge! É o nosso Jorge!
Sou bom e prestativo, gosto de ajudar
E graças a sua ajuda, vamos nos casar
Vai ter festa aqui, vamos celebrar
Tocam sinos na capela para anunciar
Tocam sinos na capela para anunci...
(...)
Sou Dôra, a aviadora
Vivo no céu
Voava para o rio
Mas pousei, pois tava frio
Sou Dôra, a aviadora
E vou voar
Pois sei que vocês vão casar
(...)
Os noivos lá na capela
Não cansam de se beijar
Mas tenho a mesma sensação
Pois quero, eu quero voar
As juras de amor eterno
Nos fazem desabrochar
Mas tenho a mesma sensação
Pois quero, eu quero voar
Afim?
Sim, sim!
Afim?
Sim, sim!
Afim?
Sim, sim!
Afim?
Sim, sim!
Os noivos lá na capela podem nos fazer sonhar
Um arco Iris espera
O céu enfim clarear
Vou decolar, ganhar o céu
Eu quero, eu quero voar
Os noivos lá na capela
Não cansam de se beijar
Mas tenho a mesma sensação
Eu quero, eu quero voar
Voar
Eu quero voar!
Vejam! Estamos chegando!
Vejam! Estamos no rio!
Rápido, Dôra! Já é hora da lua de mel
Voar!
Voar!
Voar!
Que sensação
Sair do chão
Voar!
Olhando a nuvem passar
Ganhar o céu, provar o mel
Voar!
Voar
Quero vo...
(...)
...Ar!
Vamos todos cair
Ao longo da vida
Uma dose a mais
Cara no chão
E bebemos pra esquecer
O que vai acontecer
Sem saber pra onde ir
Qual direção
(Eu sou um acidente provável)
Vamos todos cair
(Eu não quero mais me exibir)
Sem eira, nem beira
(Vai ter festa aqui, vamos celebrar)
(Surpresa fatal)
O tropeço é o preço a se pagar
(O amor triunfa)
(Triunfa)
(Yo soy Aldolpho)
Surpresa!
Só nos resta esperar mais uma dose
Que há de surgir
Já que vamos cair
Vamos todos cair
No meio da estrada
Pois quem bebe quase nunca está de pé
Só nos resta esperar um gesto amável
Um cafuné
Não, não quero café
Eu imploro
Choro
Juro
Rezo
Vamos todos cair!